"Poucos movimentos bem feitos, realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica."
Joseph Pilates
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Crises fortes e frequentes de dor de cabeça acompanhadas de formigamentos, náuseas e vômitos são sintomas de enxaqueca

Quem é que já não sofreu com aquela dor de cabeça que não te deixa fazer mais nada?

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 15% da população do planeta sofrem desse mal. No Brasil são aproximadamente 25 milhões de pessoas que têm dor de enxaqueca.

Crises fortes e frequentes de dor de cabeça acompanhadas de formigamentos, náuseas e vômitos são as principais características da desordem conhecida como enxaqueca.

Ainda não se sabe o motivo que desencadeia essa doença, mas é de conhecimento a contribuição de fatores como o estresse, ansiedade, fadiga, emoções, oscilações hormonais, excesso de bebidas, predisposição e também hábitos alimentares.

 

Alimentos associados à enxaqueca

Os alimentos frequentemente associados às crises de enxaquecas são: queijos, iogurtes, chocolates, vinhos, frutas cítricas, alimentos fritos e/ou com alto teor de gorduras e o glutamato monossódico (exemplo: aginomoto). Mas os alimentos nem sempre são os vilões. Estes alimentos podem impulsionar as crises por condições já pré-existentes.

Os constituintes dos alimentos promovem a liberação de noradrenalina ou serotonina e também estimulam os gânglios do nervo trigêmeo, tronco cerebral e vias neurais do córtex, o que pode contribuir para as enxaquecas.

Agora vamos explorar um pouco mais esses alimentos “inimigos”:

Carnes curadas

São responsáveis por 2,5 a 20% do consumo de nitrito (os nitritos são produzidos a partir da redução dos nitratos na boca e no intestino). Os nitritos agem no endotélio vascular promovendo a vasodilatação e a possível dor de cabeça.

Consumo de carnes curadas podem causar enxaqueca


Glutamato monossódico


Glutamato monossódico: aditivo alimentar que aumenta o sabor dos alimentos
Este nome difícil nada mais é do que um aditivo alimentar (foto) que aumenta a palatabilidade dos alimentos, encontrado principalmente em comidas instantâneas, carnes processadas e molhos. Com o consumo elevado, pode ocorrer a excitabilidade nos nociceptores centrais (são receptores que causam a percepção da dor) promovendo a produção de neuropeptideos vasodilatadores.

Chocolate

Os componentes do chocolate capazes de estimular o aparecimento da enxaqueca são a feniletilamina, teobromina e a catequina. Estes componentes levam a alterações no fluxo sanguíneo cerebral.

Alimentos ricos em gorduras

Esses alimentos estão associados a agregações plaquetárias, diminuição da serotonina e elevação de prostaglandinas, conduzindo à vasodilatação e aos ataques de enxaquecas.

Bebidas alcoólicas

O vinho é uma das bebidas alcoólicas que possui aminas biogênicas (histamina, tiramina e finiletilamina) sulfitos e flavonoides fenólicos (catequinas e antocianinas) que podem ser suscetíveis a provocar as enxaquecas. Algumas substâncias como as catequinas e antocianinas presentes no vinho são capazes de inibir uma enzima denominada PST-P.

Estudos constataram que os indivíduos que possuem enxaquecas têm um déficit dessa enzima. Isso indica a possível relação entre o agravo das enxaquecas com o alto consumo de bebidas alcoólicas.

Vale ressaltar que os alimentos que podem desencadear a enxaqueca possuem certos limites de tolerância que variam de um individuo a outro, mas ainda são escassos estudos com alimentos relacionados aos ataques de enxaquecas.

Em contraposição, alguns estudos mostram que o consumo de algumas vitaminas, minerais, lecitina (encontrada na soja) e ácidos graxos ômega-3 (encontrados nos peixes, como salmão, algumas oleaginosas e vegetais como a linhaça) podem contribuir no combate à enxaqueca por serem importantes no desempenho do metabolismo do sistema nervoso.

Seis medidas para diminuir a intensidade e frequência de enxaquecas:

1ª) Emprego de bons hábitos alimentares com o uso de alimentação equilibrada;

2ª) Estilo de vida regrado incluindo horário regular do sono e atividade física regular;

3ª) Redução do consumo diário de cafeína;

4ª) Administrar melhor o estresse. Tente reservar algum tempo para o lazer. Relaxe. Não se preocupe tanto e nem sofra por antecipação;.

5ª) Não deixe de fazer nenhuma das refeições diárias. Ficar sem se alimentar por um longo período de tempo é um dos principais fatores desencadeantes das crises;

6ª) Evite os alimentos e bebidas citados acima que possam provocar ataques de enxaqueca.

Fonte: Vya Estelar