"Poucos movimentos bem feitos, realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica."
Joseph Pilates

Devido à respostas fisiológicas ao exercício em ambientes desfavoráveis podem variar entre os participantes e também de que o estado de saúde dos participantes pode variar rapidamente, o cumprimento destas recomendações não garante proteção contra os distúrbios induzidos pelo frio ou calor, mas sim devem minimizar o risco de hipertermia, hipotermia, desidratação e problemas resultantes de uma corrida ou atividades desportivas contínua.

Os objetivos principais dos treinadores com esses atletas são: 
• Educar os participantes de corridas de longa distância a respeito das formas mais comuns de distúrbios térmicos durante as provas;
• Alertar os organizadores das possíveis competições sobre segurança do evento para com os participantes;
• Recomendar consulta de arquivos locais de meteorologia e planejar eventos em horas que provavelmente causem menos estresse térmico de modo a minimizar os efeitos deletérios sobre os participantes;
• Alertar os participantes sobre o estresse térmico no dia do treino/corrida e aos distúrbios causados pelo frio ou calor.

Hoje existe um posicionamento do Colégio Americano de Medicina do Esporte para que algumas recomendações sejam seguidas pelos organizadores e diretores médicos de eventos comunitários que envolvam um exercício prolongado ou intenso em ambientes com e sem estresse ambiental.

A exaustão pelo calor representa uma falha em manter as respostas cardiovasculares ao exercício a uma determinada carga de trabalho, em uma temperatura ambiente alta na vigência de desidratação.

Sintomas:
• Cefaléia;
• Astenia;
• Tontura;
• Vertigem;
• “sensações de calor” na cabeça ou pescoço;
• Câimbras;
• Calafrios;
• Náuseas ou vômito.

Podem também ser observadas hiperventilação, falta de coordenação muscular, agitação, incapacidade de julgamento e confusão mental. A produção de calor durante um exercício intenso é de 15 a 20 vezes maior do que em repouso e é suficiente para aumentar a temperatura central do corpo em 1ºC para cada cinco minutos.

Ciclo ventilatório e a influencia do Princípio da Respiração no Pilates: 

Um ciclo ventilatório é composto de uma fase inspiratória (tempo inspiratório) seguida de uma fase expiratória (tempo expiratório).

O método resgata a importância da respiração. Devido à vida diária agitada, a maioria das pessoas passam a respirar mais rápido e de forma incompleta, ou seja, o ar não chega a atingir a parte inferior do pulmão, região onde as trocas de oxigênio são mais eficientes, isso explica o fato de inspirarmos pelo nariz e expirarmos pela boca (facilitando a ação dos músculos respiratórios como citado acima).

A respiração profunda na medida em que a ansiedade é reduzida, gera diminuição de dor muscular e aumento do rendimento em qualquer atividade física. Claro que não podemos esquecer-nos dos outros Princípios do Pilates, o praticante deve incorporar todos eles forma global.

Como o Pilates ajuda nesse processo?

O sistema ventilatório é formado por bombas e tubos que levam o oxigênio e retiram o gás carbônico dos pulmões, de uma maneira mais eficiente possível.

A ventilação pulmonar é um processo realizado pelo sistema nervoso, por meio de estruturas centrais e periféricas, atendendo as necessidades do organismo, com a expansão e a retração da caixa torácica e pulmões, com a troca gasosa, (absorção do oxigênio e a eliminação do gás carbônico).

Em condições normais este processo é espontâneo. É importante manter o tempo inspiratório adequado para garantir o volume de expiração, freqüência respiratória e manutenção da abertura dos alvéolos.

Por isso a grande importância de respirar apropriadamente durante uma sessão de Pilates, e porque não durante toda sua rotina de vida diária? PRATIQUE INTELIGÊNCIA CORPORAL!

Fonte: Revista Pilates (por Rafaela Porto)